Uma explosão numa vida,
Que a deixa em mil fragmentos
Edifica-se depois de
uma panóplia de acontecimentos...
Mesmo o jogador mais atento
da roleta russa
Recusa uma aposta elevada
No jogo daquela vida
Porque a única certeza
Já dispersou
Sem deixar rasto ou pista...
Ficou uma reconstrução de sabedoria,
Um elo mais forte,
Mais amistoso,
Por quem gosta daquela vida,
Por quem a quer mais valente...
O sorriso voltou
Depois de noites tempestuosas...
E a vontade
Da vida ser intensa,
Compensa-a com virtuosas
Iguarias do coração
Algumas mais generosas
Outras não (...)
Mas que à vida
Muito haverá para apostar,
E vencer no ludíbrio
Espelhado da existência.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Obra de Arte
Sei que te desiludi.
Sabia que era
incomensurável
Voltar a um lugar
Que não existe...
Como queria
Que voltasses a acreditar
Que estou diferente ;
Que sei enfrentar
O ardente
Sabor da tentação,
E sei conquistar
O amor
tão próprio de
Ser eu.
Enfim,
Só...
Neste mundo de arte,
Saberei
mostrar-te
A minha obra...
Assim perfeita
Como a Tua...
Sabia que era
incomensurável
Voltar a um lugar
Que não existe...
Como queria
Que voltasses a acreditar
Que estou diferente ;
Que sei enfrentar
O ardente
Sabor da tentação,
E sei conquistar
O amor
tão próprio de
Ser eu.
Enfim,
Só...
Neste mundo de arte,
Saberei
mostrar-te
A minha obra...
Assim perfeita
Como a Tua...
VINUS VERITAS
Verdade eloquente,
Uma melodia
Que desliza
Com veemência,
Com apetência...
Um segredo guardado
Num lugar sossegado.
Aquele que faz falar
O ser mais crente,
E que liberta a paixão
Do mais desatento...
O seu toque,
A sua côr,
Faz despertar
Todas as odes ;
Os místicos sentidos
Um verdadeiro
Néctar dos Deuses !
Uma melodia
Que desliza
Com veemência,
Com apetência...
Um segredo guardado
Num lugar sossegado.
Aquele que faz falar
O ser mais crente,
E que liberta a paixão
Do mais desatento...
O seu toque,
A sua côr,
Faz despertar
Todas as odes ;
Os místicos sentidos
Um verdadeiro
Néctar dos Deuses !
terça-feira, 18 de novembro de 2008
F I M
Indaguei o teu mistério
e descobri uma pessoa dissemelhante ;
alguém que me despertou um sentimento,
brilhante,
assaz arrepiante.
Transformou em mim
a capacidade de revelação ;
Fez perder-me a introspecção ;
Estimulou uma intuição peculiar,
um regozijo invulgar.
Mas o mistério laconicamente
refutou
um envolvimento,
algo duradouro,
mais consistente.
O teu sentimento logrou
a expectativa de explorar
um caminho mais próximo ;
Perplexou os movimentos mais expansivos
e desfigurou a cumplicidade.
Talvez porque o destino
seja a maior certeza ;
Tudo em ti era alerta
para sustar
algo que em mim crescia
algo que de mim não dependia
para evoluir...
Os sinais evidentes,
disseminaram todas as tentativas
de aproximação.
Como tudo o que existe,
De qualquer forma, começa
Esta foi aquela que encontrei
para te anunciar o fim.
e descobri uma pessoa dissemelhante ;
alguém que me despertou um sentimento,
brilhante,
assaz arrepiante.
Transformou em mim
a capacidade de revelação ;
Fez perder-me a introspecção ;
Estimulou uma intuição peculiar,
um regozijo invulgar.
Mas o mistério laconicamente
refutou
um envolvimento,
algo duradouro,
mais consistente.
O teu sentimento logrou
a expectativa de explorar
um caminho mais próximo ;
Perplexou os movimentos mais expansivos
e desfigurou a cumplicidade.
Talvez porque o destino
seja a maior certeza ;
Tudo em ti era alerta
para sustar
algo que em mim crescia
algo que de mim não dependia
para evoluir...
Os sinais evidentes,
disseminaram todas as tentativas
de aproximação.
Como tudo o que existe,
De qualquer forma, começa
Esta foi aquela que encontrei
para te anunciar o fim.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
O livro de vida
A vida não passa
de uma página em branco.
Uma nota que se toma
numa ponta de um papel.
Seja carta ou jornal.
Importante é anotar,
O destino errado,
A hora correcta,
A palavra digna
de recordação,
A frase perpétua.
São essas notas soltas
que compõem
o ritmo tumultuoso
do obstinado,
que rasura os momentos aberrantes
e que narra outrossim
histórias interessantes
num livro de vida.
de uma página em branco.
Uma nota que se toma
numa ponta de um papel.
Seja carta ou jornal.
Importante é anotar,
O destino errado,
A hora correcta,
A palavra digna
de recordação,
A frase perpétua.
São essas notas soltas
que compõem
o ritmo tumultuoso
do obstinado,
que rasura os momentos aberrantes
e que narra outrossim
histórias interessantes
num livro de vida.
Como ?
Como posso eu ?
como faço eu ?
para te dizer
que te quero aqui perto,
que te ia buscar ao deserto,
ao lugar mais incerto...
só para te sentir,
só para respirar o teu calor,
só para te olhar,
ver-te para além das estrelas
de todas as galáxias...
com o brinquedo de criança
que gostava de ter tido ;
aquele que dá para ver o mundo
para além do mundo...
o imaginário de todos os que imaginam
como eu,
tal como te imaginaria assim
bem próximo,
no imediato.
se o pudesse fazer,
se o pudesse ter,
o teu eu junto do meu...
como faço eu ?
para te dizer
que te quero aqui perto,
que te ia buscar ao deserto,
ao lugar mais incerto...
só para te sentir,
só para respirar o teu calor,
só para te olhar,
ver-te para além das estrelas
de todas as galáxias...
com o brinquedo de criança
que gostava de ter tido ;
aquele que dá para ver o mundo
para além do mundo...
o imaginário de todos os que imaginam
como eu,
tal como te imaginaria assim
bem próximo,
no imediato.
se o pudesse fazer,
se o pudesse ter,
o teu eu junto do meu...
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Escrevo porque escrevo.
Escrevo porque escrevo.
Escrevo por escrever ;
É por sentir um momento,
É para livrar um tormento,
É para chamar um sentimento,
ou é simplesmente escrever.
É para captar a mente,
É para transmitir o que o coração sente,
ou simplesmente obedecer.
É para crer no que se vê,
É para transcrever o abc
ou simplesmente perceber ;
Que escrevo porque escrevo.
Escrevo por escrever ;
É por sentir um momento,
É para livrar um tormento,
É para chamar um sentimento,
ou é simplesmente escrever.
É para captar a mente,
É para transmitir o que o coração sente,
ou simplesmente obedecer.
É para crer no que se vê,
É para transcrever o abc
ou simplesmente perceber ;
Que escrevo porque escrevo.
Paralelismos
Vivemos de recordações.
Recordamos as sensações.
Tentamos esquecer as paixões
e aceitamos as confrontações.
É uma vida vivida,
um sentimento consentido,
a paixão nunca esquecida
sem sentido.
Tentamos procurar,
tudo aquilo que sentimos
no imediato,
sem esperar amadurecer
e perdemos no vazio
a sensação de querer,
de conquistar,
de trazer do frio,
um calor imenso,
uma fissura de paixão,
uma loucura de razão.
São paralelismos ;
um que busca sentir,
o outro que tenta esquecer,
o quão bom é
recordar...
Recordamos as sensações.
Tentamos esquecer as paixões
e aceitamos as confrontações.
É uma vida vivida,
um sentimento consentido,
a paixão nunca esquecida
sem sentido.
Tentamos procurar,
tudo aquilo que sentimos
no imediato,
sem esperar amadurecer
e perdemos no vazio
a sensação de querer,
de conquistar,
de trazer do frio,
um calor imenso,
uma fissura de paixão,
uma loucura de razão.
São paralelismos ;
um que busca sentir,
o outro que tenta esquecer,
o quão bom é
recordar...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Metaforar-te
Arriscaria a liberdade,
Ou algo entre o virtual e a realidade.
Aceitaria a independência,
Um misto de lisura e veemência.
Mais natural,
Seria uma onda encapelada
Em noite quente ;
Ou a bonança em tempo de guerra
Quando o sol espreita.
Acrescentaria,
O que deleita
O mais incrédulo ;
Ou intimida
O mais expansivo.
Ou algo entre o virtual e a realidade.
Aceitaria a independência,
Um misto de lisura e veemência.
Mais natural,
Seria uma onda encapelada
Em noite quente ;
Ou a bonança em tempo de guerra
Quando o sol espreita.
Acrescentaria,
O que deleita
O mais incrédulo ;
Ou intimida
O mais expansivo.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Querer
Sei que procuro
O que não existe.
Sei que busco
Algo que insiste,
E teima em desistir,
em dissipar-se no vento...
Como um frasco vazio
Despejado,
vão,
que brilha ao sol
E ilude o olhar ;
Ofuscando-o ;
Dando-lhe uma promessa de conteúdo...
A virtualidade de um momento bom
Não coabita
Com a realidade de um momento único.
[Repetido vezes sem conta]
Um momento,
Em que a vontade se une ao desejo
Num ensejo
Despojado do falaz movimento
De querer por querer...
O que não existe.
Sei que busco
Algo que insiste,
E teima em desistir,
em dissipar-se no vento...
Como um frasco vazio
Despejado,
vão,
que brilha ao sol
E ilude o olhar ;
Ofuscando-o ;
Dando-lhe uma promessa de conteúdo...
A virtualidade de um momento bom
Não coabita
Com a realidade de um momento único.
[Repetido vezes sem conta]
Um momento,
Em que a vontade se une ao desejo
Num ensejo
Despojado do falaz movimento
De querer por querer...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Intensu sentire
O suave paladar,
O intenso tacto,
Conjugam as fragâncias sublimes
E entrelaçam olhares forasteiros
Que pernoitam num cerco cintilante.
O estrépido eco da noite
Regozija com o estridente silêncio das palavras
Provocando uma sensação incomum
De querer escutar o grito omisso...
O intenso tacto,
Conjugam as fragâncias sublimes
E entrelaçam olhares forasteiros
Que pernoitam num cerco cintilante.
O estrépido eco da noite
Regozija com o estridente silêncio das palavras
Provocando uma sensação incomum
De querer escutar o grito omisso...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Um segundo
Só um segundo
Só um momento
Estar somente ali...
Um segundo
Um momento
Estar uma vez ali...
A calma
A pausa
Absolutamente em paz.
Um só momento em pausa,
A calma num segundo,
Estar somente
E absolutamente em paz.
Por uma vez ali...
Só um momento
Estar somente ali...
Um segundo
Um momento
Estar uma vez ali...
A calma
A pausa
Absolutamente em paz.
Um só momento em pausa,
A calma num segundo,
Estar somente
E absolutamente em paz.
Por uma vez ali...
segunda-feira, 17 de março de 2008
Imaginação
Espelhei-me em ti,
Dei o meu corpo e alma,
Dobrei a calma
E assumi,
Um grande amor
Um sossego desassogado,
Um vento abalroado,
Fez despoletar
Uma fúria
Uma incúria na graça
Como um som de uma vidraça,
A estilhaçar,
A quebrar o silêncio
Intacto.
Tamanha violência
Diminuta clemência
Evadiu o desejo
O proporcionado ensejo .
Desfez em pó
A imaginação
De ter alguém
Que nunca existiu.
Dei o meu corpo e alma,
Dobrei a calma
E assumi,
Um grande amor
Um sossego desassogado,
Um vento abalroado,
Fez despoletar
Uma fúria
Uma incúria na graça
Como um som de uma vidraça,
A estilhaçar,
A quebrar o silêncio
Intacto.
Tamanha violência
Diminuta clemência
Evadiu o desejo
O proporcionado ensejo .
Desfez em pó
A imaginação
De ter alguém
Que nunca existiu.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
AZUL
O céu,
Quando levanta o véu
Quando ilumina o mais escuro dos tons.
O mar,
Mesmo nos dias de luar.
A escrita,
Toda a gente a exercita
Com esta cor.
A visão,
Quimera ou ilusão,
Um sentido poderoso e opulento.
O arbítrio,
Uma faculdade inata
Ou fascinação imediata.
A primária,
A básica,
A mais galáctica.
É a definição de mistério,
Uma beleza natural
Transcendente e ancestral.
Quando levanta o véu
Quando ilumina o mais escuro dos tons.
O mar,
Mesmo nos dias de luar.
A escrita,
Toda a gente a exercita
Com esta cor.
A visão,
Quimera ou ilusão,
Um sentido poderoso e opulento.
O arbítrio,
Uma faculdade inata
Ou fascinação imediata.
A primária,
A básica,
A mais galáctica.
É a definição de mistério,
Uma beleza natural
Transcendente e ancestral.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Para amar não há razão...
Acordei com o sussurro das tuas palavras,
O teu olhar terno e carinhoso
Irresistivelmente delicioso
Como mel a derreter.
Mal podia perceber
Estas eternas amarras
Vem para o meu redor
Torna-te sedutor
E vibra com a paixão...
Vem para perto de mim
Sei que é teu querer
Para amar não há razão...
Cruzaste o meu caminho
Transformaste o mar vil
Irresistivelmente subtil
Como uma pena a flutuar.
Mal podia acordar
Deste universo de carinho
Vem para o meu redor
Torna-te sedutor
E vibra com a paixão...
Vem para perto de mim
Sei que é teu querer
Para amar não há razão...
Para amar não há razão...
Para amar não há razão...
O teu olhar terno e carinhoso
Irresistivelmente delicioso
Como mel a derreter.
Mal podia perceber
Estas eternas amarras
Vem para o meu redor
Torna-te sedutor
E vibra com a paixão...
Vem para perto de mim
Sei que é teu querer
Para amar não há razão...
Cruzaste o meu caminho
Transformaste o mar vil
Irresistivelmente subtil
Como uma pena a flutuar.
Mal podia acordar
Deste universo de carinho
Vem para o meu redor
Torna-te sedutor
E vibra com a paixão...
Vem para perto de mim
Sei que é teu querer
Para amar não há razão...
Para amar não há razão...
Para amar não há razão...
POEMA
POEMA
do Lat. poema <>
s. m.,
obra em verso, de certa extensão, em que há enredo e acção
Poder falar em vão,
Divagar numa folha de chão,
Assuntar os aspectos da vida,
Fazer uma viagem só de ida
Ao mundo do devaneio.
Decidir qual o princípio e o meio
E prolificar o fim...
Sem cogitar os preconceitos
Todos eles eleitos
Por quem se julga democrata,
O ser magistral,
O Todo-Poderoso mestre
De toda a mestria!
do Lat. poema <>
s. m.,
obra em verso, de certa extensão, em que há enredo e acção
Poder falar em vão,
Divagar numa folha de chão,
Assuntar os aspectos da vida,
Fazer uma viagem só de ida
Ao mundo do devaneio.
Decidir qual o princípio e o meio
E prolificar o fim...
Sem cogitar os preconceitos
Todos eles eleitos
Por quem se julga democrata,
O ser magistral,
O Todo-Poderoso mestre
De toda a mestria!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Ser Vero
Admiro a tua fonte
O manancial de sabedoria e tacto
O poder inato
De liderança,
De perspicácia e afeição
Pelo imediato.
Admiro a perseverança de atitude
A tua lealdade aos princípios básicos
O amor incontrolável
Em todos os momentos
Da tua existência.
És verosímil
És a plenitude decidida.
Um ser real
O Ser Vero
Só podias ser Tu.
O manancial de sabedoria e tacto
O poder inato
De liderança,
De perspicácia e afeição
Pelo imediato.
Admiro a perseverança de atitude
A tua lealdade aos princípios básicos
O amor incontrolável
Em todos os momentos
Da tua existência.
És verosímil
És a plenitude decidida.
Um ser real
O Ser Vero
Só podias ser Tu.
Paixão arrepiante
Sei que tens
Sei que pensas no mesmo que eu...
Acordo da tempestade
E vejo os teus olhos de bonança
Um rasgo de esperança,
Sem medo de crer,
Sem medo de viver.
O calor de uma noite abraçada,
ao ápice de uma ocasião
ao fervor de uma paixão.
São certezas...
São veementes
Os teus desejos arrojados
Os momentos arrepiados pela dor
de perder o meu odor.
Mas depois,
Para não prescindir da liberdade
de se querer ser solitário ;
És um ser que não sai do armário
Porque teima em não ver luz...
Sei que pensas no mesmo que eu...
Acordo da tempestade
E vejo os teus olhos de bonança
Um rasgo de esperança,
Sem medo de crer,
Sem medo de viver.
O calor de uma noite abraçada,
ao ápice de uma ocasião
ao fervor de uma paixão.
São certezas...
São veementes
Os teus desejos arrojados
Os momentos arrepiados pela dor
de perder o meu odor.
Mas depois,
Para não prescindir da liberdade
de se querer ser solitário ;
És um ser que não sai do armário
Porque teima em não ver luz...
Flor primaveril
Memórias, histórias
Jogadas condizentes
Os olhares ferventes, vigorosos
Vodupiaram um amor.
Regozijaram o desejo de paixão
Converteram o ínfimo som
de ternura e conquista
Num âmago da melancolia...
Algo sórdido
e peçonhento
Um sentimento repelente
Apoderou-se do momento
E com um ímpeto resplandecente
Brotou como uma flor primaveril
Jogadas condizentes
Os olhares ferventes, vigorosos
Vodupiaram um amor.
Regozijaram o desejo de paixão
Converteram o ínfimo som
de ternura e conquista
Num âmago da melancolia...
Algo sórdido
e peçonhento
Um sentimento repelente
Apoderou-se do momento
E com um ímpeto resplandecente
Brotou como uma flor primaveril
A folha
Paraste para pensar em ti
Recordaste tudo aquilo que vivi
E decidiste virar uma página.
O livro estava pálido afinal,
Deveras sem côr.
Com lapsos temporais
sem vigor...
Outorgaste uma condição
Aceitaste a divisão
E abandonaste sem retorno por fim
Sem visão
A folha esclerótica de existência ;
que não tinha
Nem ser
Nem razão
Recordaste tudo aquilo que vivi
E decidiste virar uma página.
O livro estava pálido afinal,
Deveras sem côr.
Com lapsos temporais
sem vigor...
Outorgaste uma condição
Aceitaste a divisão
E abandonaste sem retorno por fim
Sem visão
A folha esclerótica de existência ;
que não tinha
Nem ser
Nem razão
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